No tempo em que eu era um gato
eu trepava por uma laranjeira
para entrar dentro do teu quarto
através da janela dos teus olhos.
Eu era um gato vadio
e felino como todos os gatos
mas com menos que sete vidas
por causa do ciúme.
Como uma seta de cupido
disparada no ar
fui mutilado nos bigodes
por enfrentar com estas garras
a morte
na contenda com os outros gatos
que tive de matar
pelo menos sete vezes, e agora...
por causa do ciúme
não há amor que vença outra batalha.
7 comentários:
Caro poeta,
Adorei o seu poema...tão singelo e tão puro como o amor...
A comparação com o gato...esse animal tão independente, que quando cai nas graças do coração de alguém torna-se no animal mais meigo e companheiro do outro ser...o amor é assim...nobre, grandioso e oferecido...e que merece ser partilhado..com algum ciúme à mistura certamente :)
beijos...muitossss...
A sua Querida L... :)
Querida L...
apreciei bastante o seu comentário. a poesia e a arte dirigem-se ao auditório universal que é a humanidade, ainda que possa ser despoletada por alguma musa particular, guardada no anonimato. gostaria, por isso, de a conhecer
o seu poeta.
divino!
serás Kafka o gato de Haruki?
.
um beijo
Ah! Adorei, Zé Miguel!
A tua inspiração e a respectiva resposta!
Beijo.
só um verdadeiro poeta faz isso!!
abraços
Olá!
já há algum tempo que não te lia e que não vinha aqui. Parabéns! Gostei muito e resolvi tornar-me seguidora deste teu acolhedor recanto. Os gatos são fantásticos. Conheces o GATA? É o Grupo de Activismo e Transformação pela Arte a que eu pertenço. Vou convidar-te para assistires a uma das nossas performances! Até breve!
Podias decerto visitar me querida L. Em nome da poesia ..
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