![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEitVrh_IRzlcKjC2bgNC73NMi8v9PbUPyQZYWd7m7mAaTcArNS3B7I-X7WppWKOB_xETH06BXJq_AqCalGHYo2egUqMjVdnq5e0sqM63nEqdSssyIJ6rSpXwLA1rEE1LISXxuPk/s320/IMG0157A.jpg)
Ainda que todas as bocas se arrebatam ao som do hino de trompetes e que a noite pese séculos e séculos de silêncio cantando os naufrágios dos moinhos de vento cantando os naufrágios dos faróis da ilusão. Ainda que a manhã indecisa demore e que gigantescas ondas se abatam turbulentas inquebrantáveis ondas que nos varram deste chão e que a todos os homens e mulheres emudeçam. Ainda que o mar engula todos os navios e barcos usurpando o perfume de Penélope em terra no último fôlego de Ulisses... Um poeta é quanto baste para o erguer do abismo e os vermes não calarão o seu grito.
* dia Mundial da Poesia - Bilioteca Municipal de Vila do Conde