As ondas do mar são como as mulheres
às vezes serenas e dóceis,
como a frescura de um baptismo
que nos lava da certeza
de uma morte infinita.
Outras vezes agigantam-se
e são um mar revolto de fome
e de sede
de conquista da terra.
Agigantam-se tenebrosamente
para engolir a servil lida masculina
e são a espuma a borbulhar
como o clamor de um mar exaltado.
Essas mulheres com íntimos abismos
de uma profundidade oceânica
elas são o vício e o precipício
que enleva a nossa verticalidade.
Elas são o oceano da nossa alegria.
3 comentários:
excelentes imágenes y metáforas en sus letras, al mimetizar a la mujer con la profundidad oceánica...
Gracias Onice,
Ainda hoje não sei se foi o mar ou as mulheres que me despertaram a analogia. Em ambos os casos são sempre um mistério, um infinito a descobrir. São o meu mergulho de cortar a respiração...
gostei:)))
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