2011-03-21

Ainda que todas as bocas se arrebatam ao som do hino de trompetes e que a noite pese séculos e séculos de silêncio cantando os naufrágios dos moinhos de vento cantando os naufrágios dos faróis da ilusão. Ainda que a manhã indecisa demore e que gigantescas ondas se abatam turbulentas inquebrantáveis ondas que nos varram deste chão e que a todos os homens e mulheres emudeçam. Ainda que o mar engula todos os navios e barcos usurpando o perfume de Penélope em terra no último fôlego de Ulisses... Um poeta é quanto baste para o erguer do abismo e os vermes não calarão o seu grito. * dia Mundial da Poesia - Bilioteca Municipal de Vila do Conde

3 comentários:

Lídia Borges disse...

Obrigada por este grito, Poeta!


L.B.

OutrosEncantos disse...

o grito do Poeta é imortal!
qualquer verme poderá ser obrigado a engoli-lo, e a ensurdecer com o eco da sua voz!...
pode comer-lhe a carne, deitar os ossos fora, mas nunca calará a sua palavra!

Anónimo disse...

Isso mesmo! =)