2010-08-15

Nada sabeis do milgare da vida
nem do ofício da criação
- nada sabeis.

Conservai ainda esta jóia
de ouro para subornar
o barqueiro de Caronte.

Porque nada sabeis do lume
nem das cinzas
- porque estais mortos.

3 comentários:

Graça Pires disse...

Poema excelente!
Um abraço.

Lídia Borges disse...

Às assombrações que não pagam o óbolo a Caronte resta o limbo, onde nada se sabe "do milagre da vida nem do ofício da criação".
Guardemos a "jóia de ouro".

L.B.

Gabriela Rocha Martins disse...

terminadas as férias ,e o tempo de "jibóiar" ,retomo a leitura ,diária ,dos blogues do meu contentamento .nem sempre comento ( como sabes ) mas todos os dias retenho algo novo ....

...e ,mais uma vez ,sem engano ,perco.me na leitura deste excelente poema



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um beijo