2009-05-05

Há em todas as mulheres
um presságio de mãe
que a implosão dos filhos
augura em seu interior.

Há em todas as mulheres
um regaço húmido e quente
em que os filhos perduram.

Há em todas as mulheres
um mar de sargaços
e girinos com cabeças de alfinete
à espreita da oportunidade
cirúrgica para dilacerar em seu íntimo
a sua fonte
e a sua verdade.

3 comentários:

Lídia Borges disse...

Fortes as palavras.
Maternal o poema...

_Sentido!... disse...

... espera..., deixa-me ler de novo o teu comentário...
"... gosto deste casulo onde a seda é selvagem...", pois... amei!
Bem com o teu poema. Este teu delirio ternurento colou-se aqui nas entranhas da minha emoção. Não vou perder-te de vista, prometo.
Espero que voltes.
Beijo.

Anónimo disse...

Lindo regaço de flores, poeta!
Beijos
Sílvia