a mão que envolve outra mão
dorme profundamente no leito de um livro
depois de escrever no seu interior.
umA mão de carne com LINhas de áGUA
e de gestos de pão
semeia os Dedos na carnE de um Livro
desvendA a página primeirA e dedilha as cordaS dos cabelos.
as MinhAs mãOS
duas
são irmãs que caminham para DentrO dos lIvroS
gémeas que desenham OLHOs doceS
Despedem sE com LetrAs matinais -bom dia
e outras incandEscentes de precipício - adeus.
As minhas mãos
aS minhas Mãos vazIas resguardam-se nos livros
soNHam casas pequenAS e quartos interiores sem luz.
as minhas MÃOS despRENDem-se dos lIvros
e Depois voltam a abrir as mesmas páginAS.
3 comentários:
Tem duas leituras. A segunda só é visível com o poema impresso. (o autor)
O invisível é que torna o visível possível(uma leitora desobediente que não imprimiu o poema...)
Aletheia
A língua dela
as mãos
dois olhos
ela
e
as minhas mãos rendidas
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